A dinâmica atual do mercado exige uma gestão eficiente não reduzida apenas a boas ferramentas de trabalho e práticas administrativas, evidenciando a importância da comunicação no âmbito corporativo. Nesse contexto, assuntos como interação e fluxo de informações ganham cada vez mais destaque.
Se as mudanças nas rotinas de trabalho e relações de consumo na era da tecnologia já vinham interferindo na produção de bens e prestação de serviços, tais aspectos sofreram impactos ainda maiores com o advento de uma pandemia em escala global.
Demorou 3 anos para os Estados Unidos, país em que aconteceu o estopim da crise econômica de 2008, se recuperar. Especialistas chegam a estimar um período de 10 anos até o fim da recessão provocada em decorrência do coronavírus. Diante desse cenário, como ficam os planos da sua empresa?
Siga na leitura para entender mais sobre a relação entre planejamento estratégico, capital humano e comunicação durante a pandemia e também depois dela, conteúdo relevante para uma boa gestão diante de tantas incertezas em um momento peculiar.
O que é e como funciona a interação e fluxo de informações?
Ressaltar a importância da informação na era da informação parece redundante, mas é necessário. Afinal, não importa apenas como ela é absorvida do mercado pela empresa e gerada dentro do próprio negócio, mas o seu tráfego, de que forma é transmitida internamente entre os stakeholders.
O fluxo de informações em sua estrutura mais básica envolve um transmissor enviando uma mensagem ao receptor, que, por sua vez, pode dar feedback ao primeiro. Esse modelo vertical geralmente é aplicado com gestores ocupando o papel do emissor e demais colaboradores recebendo as mensagens.
Tal caminho de duas vias precisa ser muito bem arquitetado para uma comunicação efetiva na empresa, principalmente no momento atual, marcado pela instabilidade, imprevisibilidade e ampla aderência ao trabalho por home office.
Considerando os impactos da pandemia no seu negócio, é essencial rever o planejamento estratégico que estava sendo seguido e definir ações para um futuro não pensado até então. Assim, os gestores devem considerar nos novos planos o fluxo de informações em via dupla, imprescindível ao bom funcionamento da companhia nesse distinto cenário.
Como atuar estrategicamente no assunto?
Comunicação interna nunca foi tão importante para manter os colaboradores alinhados mesmo com lojas, fábricas e escritórios parcial ou totalmente vazios. Estar na mesma página garante o aproveitamento inteligente de dados para a tomada de decisão e o bom desenvolvimento das atividades, crucial no posicionamento da empresa no mercado.
Como a estrutura organizacional é complexa, a troca de mensagens também acaba adquirindo essa característica e consequentemente os colaboradores tendem a perder em interação e fluxo de informações.
O contato entre profissionais de diferentes hierarquias e áreas envolve menos interlocutores em pequenas e médias empresas. Assim, os sinais identificados a nível operacional são rapidamente levados aos responsáveis técnicos e estratégicos, agilidade também verificada no caminho contrário, quando esses gestores orientam a equipe.
Investir em interação e fluxo de informações garante o entendimento compartilhado das estratégias organizacionais nas companhias. De tal forma, fica mais fácil entender o contexto de mercado, as prioridades e diretrizes da administração que orientam o trabalho diário e o comportamento da equipe, essencial para haver engajamento e bons resultados.
Qual a importância da identificação de oportunidades e ameaças?
Pensar em processos para promover a comunicação interna e assim aumentar a agilidade e eficiência no tráfego das mensagens exige a análise do ambiente micro e macroeconômico hoje, bem como suas projeções para o futuro. De tal forma é possível:
- minimizar a interferência de ruídos na interação e fluxo de informações;
- evitar inconsistências, boatos e outras incongruências prejudiciais às entregas e qualidade do trabalho desenvolvido;
- promover em vez de comprometer a governança corporativa.
Embora o momento atual tenha instaurado um cenário novo no ramo corporativo, continua sendo necessário analisar oportunidades e ameaças para desenvolver o planejamento estratégico e os planos de ação — principalmente agora em que é tão vital não perder o timing para fazer bons negócios e se posicionar de maneira acertada no mercado.
A revisão constante de tais fatores por todos os profissionais engrandece a discussão sobre as necessidades organizacionais e viabilidade de retomada do ritmo anteriormente estabelecido. Assim, promovem-se interação e fluxo de informações em duas vias, não restrito a debates de grupos seletos de CEO, diretores e outras lideranças na crise.
Essa troca é essencial para fomentar a agilidade e o direcionamento de mensagens não apenas de cima para baixo, mas também do chão de fábrica ao C-level. O processo dissemina conhecimento e dados vitais ao bom desenvolvimento das atividades, sana dúvidas sobre prioridades e reforça as diretrizes estratégicas da empresa.